terça-feira, 27 de julho de 2010

Depilação

Faz um tempinho que recebi esse e-mail e quase morro de tanto rir...


Foi assim que decidi, por livre e espontânea pressão de amigas, me render à depilação na virilha.
Falaram que eu ia me sentir dez quilos mais leve. Mas acho que pentelho não pesa tanto assim.
Disseram que meu namorado ia amar, que eu nunca mais ia querer outra coisa.

Eu imaginava que ia doer, porque elas ao menos me avisaram que isso aconteceria. Mas não esperava que por trás disso, e bota por trás nisso,
havia toda uma indústria pornô-ginecológica-estética.
- Oi, queria marcar depilação com a Penélope.
- Vai depilar o quê?
- Virilha.
- Normal ou cavada?
Parei aí. Eu lá sabia o que seria uma virilha cavada. Mas já que era pra fazer, quis fazer direito.
- Cavada mesmo.
- Amanhã, às... Deixa eu ver...13h?
- Ok. Marcado.
Chegou o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves, porque sabia lá o que me esperava, coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar chique.
Escolhi uma calcinha apresentável. E lá fui. Assim que cheguei, Penélope estava esperando. Moça alta, mulata, bonitona. Oba, vou ficar que nem ela,
legal. Pediu que eu a seguisse até o local onde o ritual seria realizado.
Saímos da sala de espera e logo entrei num longo corredor. De um lado a parede e do outro, várias cortinas brancas.
Por trás delas ouvia gemidos, gritos, conversas. Uma mistura de Calígula com O Albergue. Já senti um frio na barriga ali mesmo, sem desabotoar nem
um botão. Eis que chegamos ao nosso cantinho: uma maca, cercada de cortinas.
- Querida, pode deitar.
Tirei a calça e, timidamente, fiquei lá estirada de calcinha na maca. Mas a Penélope mal olhou pra mim.
Virou de costas e ficou de frente pra uma mesinha. Ali estavam os aparelhos de tortura. Vi coisas estranhas.
Uma panela, uma máquina de cortar cabelo, uma pinça. Meu Deus, era O Albergue mesmo. De repente ela vem com um barbante na mão. Fingi que era natural e sabia o que ela faria com aquilo, mas fiquei surpresa quando ela passou a cordinha pelas laterais da calcinha e a amarrou bem forte.
- Quer bem cavada?
- É... é, isso.
Penélope então deixou a calcinha tampando apenas uma fina faixa da Abigail, nome carinhoso de meu órgão, esqueci de apresentar antes.
- Os pêlos estão altos demais. Vou cortar um pouco senão vai doer mais ainda.
- Ah, sim, claro.
Claro nada, não entendia porra nenhuma do que ela fazia. Mas confiei. De repente, ela volta da mesinha de tortura com uma espátula melada de um
líquido viscoso e quente (via pela fumaça).
- Pode abrir as pernas.
- Assim?
- Não, querida. Que nem borboleta, sabe? Dobra os joelhos e depois joga cada perna pra um lado.
- Arreganhada, né?
Ela riu. Que situação.
E então, Pê passou a primeira camada de cera quente em minha virilha Virgem. Gostoso, quentinho, agradável. Até a hora de puxar. Foi rápido e
fatal. Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído, que apenas minha ossada havia sobrado na maca. Não tive coragem de olhar. Achei que havia
sangue jorrando até o teto. Até procurei minha bolsa com os olhos, já cogitando a possibilidade de ligar para o Samu. Tudo isso buscando me concentrar em minha expressão, para fingir que era tudo supernatural. Penélope perguntou se estava tudo bem quando me notou roxa. Eu havia esquecido de respirar.
Tinha medo de que doesse mais.
- Tudo ótimo. E você?
Ela riu de novo como quem pensa 'que garota estranha'. Mas deve ter aprendido a ser simpática para manter clientes.
O processo medieval continuou. A cada puxada eu tinha vontade de espancar Penélope. Lembrava de minhas amigas recomendando a depilação e imaginava que era tudo uma grande sacanagem, só pra me fazer sofrer. Todas recomendam a todos porque se cansam de sofrer sozinhas.
- Quer que tire dos lábios?
- Não, eu quero só virilha, bigode não.
- Não, querida, os lábios dela aqui ó.
Não, não, pára tudo. Depilar os tais grandes lábios ? Putz, que idéia. Mas topei. Quem está na maca tem que se fuder mesmo.
- Ah, arranca aí. Faz isso valer a pena, por favor.
Não bastasse minha condição, a depiladora do lado invade o cafofinho de Penélope e dá uma conferida na Abigail.
- Olha, tá ficando linda essa depilação.
- Menina, mas tá cheio de encravado aqui. Olha de perto.
Se tivesse sobrado algum pentelhinho, ele teria balançado com a respiração das duas. Estavam bem perto dali.
Cerrei os olhos e pedi que fosse um pesadelo. 'Me leva daqui, Deus, me teletransporta'. Só voltei à terra quando entre uns blábláblás ouvi a
palavra pinça.
- Vou dar uma pinçada aqui porque ficaram um pelinhos, tá?
- Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, tô sentindo nada.
Estava enganada. Senti cada picadinha daquela pinça filha da mãe arrancar cabelinhos resistentes da pele já dolorida.
E quis matá-la. Mas mal sabia que o motivo para isso ainda estava por vir.
- Vamos ficar de lado agora?
- Hein?
- Deitar de lado pra fazer a parte cavada.
Pior não podia ficar. Obedeci à Penélope. Deitei de ladinho e fiquei esperando novas ordens.
- Segura sua bunda aqui?
- Hein?
- Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastar da outra banda.
Tive vontade de chorar. Eu não podia ver o que Pê via. Mas ela estava de cara para ele, o olho que nada vê.
Quantos haviam visto, à luz do dia, aquela cena? Nem minha ginecologista.
Quis chorar, gritar, peidar na cara dela, como se pudesse envenená-la. Fiquei pensando nela acordando à noite com um pesadelo. O marido
perguntaria:
- Tudo bem, Pê?
- Sim... sonhei de novo com o cu de uma cliente.
Mas de repente fui novamente trazida para a realidade. Senti o aconchego falso da cera quente besuntando meu Twin Peaks.
Não sabia se ficava com mais medo da puxada ou com vergonha da situação.
Sei que ela deve ver mil cus por dia.
Aliás, isso até alivia minha situação. Por que ela lembraria justamente do meu entre tantos? E aí me veio o pensamento: peraí, mas tem cabelo lá? Fui
impedida de desfiar o questionamento. Pê puxou a cera. Achei que a bunda tivesse ido toda embora.
Num puxão só, Pê arrancou qualquer coisa que tivesse ali. Com certeza não havia nem uma preguinha pra contar a história mais. Mordia o travesseiro e grunhia ao mesmo tempo. Sons guturais, xingamentos, preces, tudo junto.
- Vira agora do outro lado.
Porra.. por que não arrancou tudo de uma vez? Virei e segurei novamente a bandinha. E então, piora. A broaca da salinha do lado novamente abre a
cortina.
- Penélope, empresta um chumaço de algodão?
Apenas uma lágrima solitária escorreu de meus olhos. Era dor demais, vergonha demais. Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando pra quem?
Ninguém ia ver o tobinha tão de perto daquele jeito. Só mesmo Penélope. E agora a vizinha inconveniente.
- Terminamos. Pode virar que vou passar maquininha.
- Máquina de quê?!
- Pra deixar ela com o pêlo baixinho, que nem campo de futebol.
- Dói?
- Dói nada.
- Tá, passa essa merda...
- Baixa a calcinha, por favor.
Foram dois segundos de choque extremo. Baixe a calcinha, como alguém fala isso sem antes pegar no peitinho?
Mas o choque foi substituído por uma total redenção. Ela viu tudo, da perereca ao cu. O que seria baixar a calcinha?
E essa parte não doeu mesmo, foi até bem agradável.
- Prontinha. Posso passar um talco?
- Pode, vai lá, deixa a bicha grisalha.
- Tá linda! Pode namorar muito agora.
Namorar...namorar... eu estava com sede de vingança. Admito que o resultado é bonito, lisinho, sedoso.
Mas doía e incomodava demais. Queria matar minhas amigas. Queria virar feminista, morrer, ficar peluda, protestar contra isso.
Queria fazer passeatas, criar uma lei antidepilação cavada. Queria comprar o domínio, Queria tudo...menos, namorar!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Energia Positiva

Uma vez meu irmão Alex me disse que existem pessoas que nos coloca pra baixo e outras que nos fazem subir.

E às vezes me pego pensando nisso...

E acho que sim.

Acho realmente que existem pessoas que nos deixam pra baixo e outras que nos fazem crescer.

Já perceberam isso?

Falando de mim, não sou boa, nem exemplo de nada e nem tenho pretensão de ser.

Mas tento sempre ser prestativa e carinhosa com todo mundo.

Tudo bem que ser boa, fazer sempre o certo e acima de tudo ter energia positiva é muito difícil, lógico que tenho meus deslizes, mas juro como tento dar o melhor de mim. E talvez até consiga na maioria das vezes, não que agrade a todos, sei que não, mas tenho minha consciência limpa e tranqüila.

E é com essa energia positiva que sei que faço o bem a muita gente que por ventura passe ou tenha passado pela minha vida.

Você já se perguntou ou já percebeu se passa energia positiva para as pessoas ou se pelo menos tenta ser o mais coerente, se retribui ao amor e carinho que lhe é ofertado ou se está sendo justo e bondoso com as pessoas que estão ao seu redor??

Já??

Se já e obteve uma resposta não muito favorável, talvez esteja na hora de mudar um pouco, de olha menos para seu proprio umbigo, de dar mais um pouco de carinho... com certeza você não vai perder nada, ao contrario, irá ganhar e muito.


beijos carinhosos

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Aprender com coisas boas

"Se você consegue aprender através dos duros golpes, você também consegue aprender pelos suaves toques"
Carolyn Kenmore


Li esta frase na net hoje e percebi que realmente é fato.

As pessoas geralmente aprendem através de duros golpes e ai fiquei imaginando, porque não aprendem através das coisas boas, das sutilezas e muitas vezes do carinho que lhe é oferecido e muitas vezes despercebido.

Porque aprender apenas de coisas duras e ruins.
Porque não tirar proveito das coisas boas...

Talvez seja porque, muitas vezes só damos valor depois que perdemos.
Só damos valor a nossos pais depois que perdemos...
Só damos valor a um grande amor, quando não o temos mais e ai percebemos o quanto tudo era bom... não que fosse perfeito, pois não existe ser humano perfeito.
Só damos valor a um grande amigo, quando este está distante e sentimos aquela saudade das risadas, da companhia e até das brigas, pois amigos também brigam, principalmente por se importarem um com o outro.

Queria sim que aprendessemos com as coisas boas...

Com a paisagem de uma viagem, de um lugar diferente ou até mesmo com a paisagem do nosso lugar, do nosso quintal, da nossa varanda.
Com a paisagem do caminho para o trabalho ou para a faculdade...
Com uma pessoa que muitas vezes não é nada, mas que está sempre ao seu lado, tentando te fazer feliz, te apoiando no momentos ruins, rindo com você nos momentos bons e que muitas vezes não damos valor e importância em retribuir nem que seja com carinho ou apenas com um olhar... para lembrar a ela o quanto ela é importante e que sua companhia é maravilhosa.
Com o seu cachorro de estimação que ta sempre alegre e balançando o rabinho quando você chega em casa e que muitas vezes você passa direto sem lhe fazer um carinho.

E daria mil exemplos de tudo que nos passa despercebido.

Prestar atenção e aprender com coisas boas ainda está em tempo, pois talvez se demorarmos elas não estejam mais em nossa frente ou em nossas vidas (pelo menos não nessa).

beijos




terça-feira, 6 de julho de 2010

Florescendo

Se a vida é tão bela e tende a nos proporcionar tantas coisas boas...

Porque nos contentamos com tão pouco ou até mesmo com quase nada.

Porque não lutamos por tudo aquilo que merecemos ou fazemos por merecer.

Renego-me a aceitar migalhas, quero um terço pelo menos, nem digo metade.

Mas em contra partida, a vida ta querendo me proporcionar muito mais...


Florescendo...

domingo, 4 de julho de 2010

Frases

Recebi algumas frases por e-mail e gostaria de compartilhar...


"A pior maneira de sentir a falta de alguém
é sentar ao seu lado e saber que ela nunca estará do seu lado."


"Talvez para algumas pessoas não somos senão mais um,
mas para certas pessoas somos todo o mundo"


"Não perca tempo com quem não está disponível
para passar algum tempo com vocÊ"


Talvez seja tarde quando quiseres a minha presença...

Entre algumas das frases, selecionei estas.

Que nos sirva de lição.